Catalin Ghila resolveu mudar totalmente de vida aos 34 anos. O romeno, que trabalhava como motorista de caminhão no Reino Unido, se cansou do estilo de vida que tinha e resolveu seguir um antigo sonho de visitar o Brasil. Na busca por algum projeto que alimentasse seu desejo por mudança ele encontrou a Eco Caminhos. Em entrevista ao nosso site, Catalin contou um pouco o que passou durante os seis meses que esteve trabalhando como voluntário na nossa eco fazenda em Cardinot, Nova Friburgo. Confira:
O que te motivou a viajar para o Brasil e fazer parte do Eco Caminhos como voluntário?
Então, há 10 anos, talvez mais, eu comecei a sonhar a respeito do Brasil. Eu fui pego pela Bossa Nova e pelo Sepultura ao mesmo tempo. E isso me deixou curioso para visitar o país e saber o que motivava as pessoas desse país a criarem esses tipos de músicas.
E em 2017 eu decidi fazer uma mudança em minha vida. Dar um tempo de tudo e começar a fazer alguma outra coisa. Eu me lembrei a respeito do meu sonho com o Brasil e então decidi torná-lo realidade.
Eu era um motorista de caminhão no Reino Unido e queria fazer algo diferente, mais físico e com um bom grupo de pessoas. Então eu comecei a procurar por programas de voluntariados no Brasil, onde eu poderia fazer as coisas nas quais eu estava buscando.
E foi assim que eu conheci a Eco Caminhos, no site worldpackers.com. Eu fiquei maravilhado com o cenário que eles tinham em Cardinot, com o projeto e com a maneira que eles se apresentaram, então eu disse para mim mesmo: “esse é o lugar certo para mim e é o que eu estava procurando”; então eu me inscrevi. Tive uma resposta positiva do Bart e foi assim que minha experiência começou. Uma experiência que mudou minha vida.
Foi a experiência que você estava esperando? Você conseguiu encontrar o que os brasileiros têm para criar sons como Bossa Nova e o metal do Sepultura?
Ser um voluntário na Eco Caminhos foi de longe a melhor experiência da minha vida. Para ser honesto, eu tirei dela muito mais que eu esperava… Eu ganhei novos amigos, novas perspectivas de vida e consegui fazer coisas que nunca tinha me visto fazer.
E eu posso dizer que eu consegui encontrar o porquê dos brasileiros serem capazes de criar tantas coisas espetaculares. Eles simplesmente amam a vida, amam isso e tiram o máximo que podem disso.Eu vejo os brasileiros como pessoas legais, calorosos e felizes, no geral. E por serem assim eles são capazes de ver a vida de uma maneira diferente que nós vemos na Europa.
Qual a sua dica para as pessoas que estão hesitando em fazer parte do projeto?
Hesitar? Por que hesitar em fazer parte de um grande projeto como o Eco Caminhos? As pessoas nele são ótimas, o local é ótimo, o trabalho é ótimo (mesmo se você suar, ficar queimado do sol — se você não usar protetor solar — se molhar quando chove, ou se cansar de andar colina acima até o Eco Lodge)… Então não tem razões para ficar hesitante em relação ao Eco Caminhos.
Todos os esforços irão valer à pena de alguma maneira, porque com trabalho pesado vem grandes recompensas. Então minha dica para essas pessoas que estão hesitantes sobre se juntar ao Eco Caminhos seria um simples: diga sim para a experiência! Eu tenho certeza que Bart e qualquer outra pessoa vai cuidar bem dessa pessoa e a deixar confortável assim como estavam todos os voluntários que eu conheci lá.
Você tem algum local favorito dentro da eco-fazenda?
Eu acho que gosto da estrada e dos arbustos. Eu fui designado o responsável por trabalhar nas trincheiras (drenos para o caminho da água da chuva nas estradas) e cortar os arbustos e por isso posso dizer que era meu local favorito lá. Mas eu gostei de trabalhar em qualquer lugar e essa é a beleza de lá, porque você pode trabalhar em diferentes projetos e no final escolher um que lhe caiba melhor. Eu realmente gostei de todos os lugares da eco-fazenda.
Quais foram as principais dificuldades que você experimentou durante sua estadia como voluntário no Eco Caminhos?
Se acostumar com o programa, com o calendário… Eu também tive que me acostumar com as pessoas de lá, os outros voluntários e suas personalidades. Eu acho que isso foi a coisa mais difícil para se fazer, porque eu não estava acostumado a trabalhar em equipe com outras pessoas e nem mesmo viver com elas. Mas agora eu fico feliz e grato por ter essa oportunidade, porque eu aprendi novas habilidades de vivência e ainda fiz bons amigos.
Como foi seu primeiro dia no Brasil? A viagem do Rio de Janeiro para Cardinot ocorreu bem?
Bem, meu primeiro dia no Rio eu fiquei surpreso em ver como era quente e úmido lá, mas eu me acostumei em alguns minutos. A viagem com Patrique (motorista parceiro da Eco Caminhos) do Rio para Cardinot foi muito legal porque ele é uma boa companhia e também porque eu tive a chance de ver com o que o Brasil se parecia de verdade. Eu fiquei muito feliz com a viagem de carro.
E o seu último dia? Foi difícil dar adeus a todo mundo?
A sim! Eu fiquei com os olhos cheio de lágrimas e foi muito difícil dar adeus para o pessoal que estava lá sabendo que poderia ser a última vez que os veriam, ou pelo menos em um futuro próximo. Eco Caminhos foi de longe a melhor experiência que eu vivi e foi muito muito difícil de dizer adeus, encerrando meus seis meses que passei lá.
Você gostaria de dizer mais alguma coisa?
Eu gostaria de desejar que todas as pessoas continuem a fazer o bom trabalho que eles estão fazendo e para os futuros voluntários aproveitarem a experiência Eco Caminhos o tanto quanto eu aproveitei.
Você quer vivenciar uma experiência diferente igual Catalin teve? Confira nossos programas de voluntariado.
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