A Eco Caminhos possui diversos programas para voluntários, sendo um deles o voluntariado de curto prazo. Sarita Schenkermayr, 29 anos, participou da experiência por 4 meses. Ela conta como foi a sua rotina e o que a ecofazenda agregou de positivo para a sua vida.
“O que eu estava procurando na fazenda foi, primeiramente, experimentar a vida calma e tranquila da área rural brasileira, enquanto aprendo sobre agricultura orgânica e construção natural, conhecer mais o Brasil e aperfeiçoar o meu português”.
Sarita ficou na fazenda ecológica entre Janeiro e Abril de 2020 e relata como foi a sua vivência, mesmo com as adversidades geradas pelo COVID-19:
“Cardinot é um bairro bem isolado, então estávamos relativamente seguros e distantes dos focos do corona vírus e, além disso, ainda podíamos andar livremente e explorar a grande área da fazenda, aproveitando bem a natureza. As montanhas, florestas e cachoeiras formam um pequeno paraíso na terra, com um surpreso clima europeu, e eu nunca me cansava de aproveitar os meus dias ao ar livre”.
Sarita explica como era a sua rotina na fazenda e o que pode aprender e colocar em prática:
“Cada a semana era um pouco diferente, mas normalmente as funções e áreas de atuação eram decididas durante a reunião semanal nas quintas-feiras.
O dia começa bem cedo na fazenda: às 7h, pontualmente, todos devem estar prontos para subir na caminhonete e seguir a colina acima para a área da bioconstrução ou a horta e agrofloresta. Antes do almoço às 12h, tem uma pequena pausa para o café, em torno de 9h30, e o trabalho termina por volta de 16h ou 16h30.
Como voluntária de curto prazo, eu tinha as terças-feiras e quintas-feiras livres e nos dias de trabalho eu, na maioria das vezes, ajudava na horta ou na agrofloresta, colhendo, coletando e arrumando o material orgânico para os canteiros dos vegetais e plantando, tudo isso com explicação e orientação de como fazer e o porquê.
Durante a minha estadia na Eco Caminhos, as paredes da construção natural do Eco Lodge estavam finalizando e teve mais algumas semanas intensas, nas quais todos estavam trabalhando nisso, adicionando à mão e aos poucos pedaços o material ecológico no topo das paredes. Nos dias de chuva forte, mudavam para um trabalho coberto, como por exemplo, terminar as paredes internas do galinheiro. Muitas vezes, nós trabalhávamos na chuva, então eu recomendo levar uma capa de chuva e galochas.
A maioria dos voluntários cozinhavam o almoço para todos, então uma ou duas vezes por semana eu utilizava a manhã para cozinhar (geralmente, arroz, feijão, salada e variando os acompanhamentos) e muitas vezes com mais uma pessoa.
Na volta para a casa dos voluntários, todos estavam livras para fazer o que quiserem. Nas terças tinha a opção de participar das aulas de Inglês, como também, das aulas de Português nas quintas. Nas noites de quarta-feira, tínhamos a noite dos voluntários, que resumia em lanchar e sentar em volta da fogueira, mas também teve dias em que jogamos e fizemos uma noite de karaokê. E nos finais de semanas, podíamos utilizar o projetor e ver filmes juntos.
Os finais de semana eram livres também e, para os voluntários, normalmente tem uma atividade planejada. Nas semanas que estive lá, por exemplo, eu visitei muitas cachoeiras, fiz trilhas, viajei para uma praia a umas horas de distância, visitei uma queijaria local e uma antiga plantação de café, fiz passeio a cavalo e fui à cidade comer açaí e pizzas brasileiras”.
Sarita salienta que está feliz com a experiência que teve na fazenda ecológica.
“Eu estou agradecida e feliz pela minha experiência e ansiosa para ver como aquela pequena fazenda permacultural, lutando para ser autossustentável, vai se desenvolver no futuro”.
Confira as oportunidades de voluntariado e participe do nosso projeto!